Não é raro, e falamos muito na Porter, que inúmeros empreendedores temem analisar suas finanças e monitora-las periodicamente, pois não entendem o sentido da Gestão Financeira.
Alguns realmente não o fazem pois não dedicam tempo pra isso, e outros de fato temem ver o que não gostariam.
Parece científico demais, mas não, a realidade de muitos dos micro e pequenos negócios infelizmente é essa.
Se você de alguma forma se identifica com isso, venha conosco que aqui abordaremos de maneira muito prática 8 dicas para pensar sobre a Gestão Financeira do seu negócio.
Quando o empreendedor decide iniciar o seu negócio normalmente é porque identificou alguma oportunidade que naquele momento lhe parecia um boa opção.
Alguns partem para o empreendedorismo afim de realizar um sonho e outros por necessidade, mas como toda (ou quase toda) oportunidade, a mesma guarda um custo que precisa (ou precisaria) ser avaliado.
O que você deixa de ganhar quando opta pela segurança de um trabalho fixo, com carteira assinada, direitos assegurados por lei ou até mesmo utilizando suas economias e reservas (ou parte delas) constituídas em um determinado período da sua vida em prol do negócio, eis aí o CUSTO DE OPORTUNIDADE.
Alguns empreendedores até consideram, mas infelizmente a grande maioria não.
DICA 1
“Para o risco assumido valer a pena, o retorno precisa ser muito maior do que você teria ganho se por exemplo tivesse aplicado o mesmo valor investido em algum investimento mais conservador, ou auferido com fonte de renda mais segura, seu emprego CLT por exemplo”.
Estamos acostumados a ver que quando se inicia um negócio, existe um fator emocional muito forte envolvido, principalmente com aqueles que resolvem empreender na profissão que sonharam e passaram muito tempo na universidade para se habilitarem na profissão.
Quando o empreendimento se inicia seguindo este exemplo, o risco aumenta, pois, o amor é tanto pela profissão que para muitos, e acredite, isso é verdade, dinheiro e lucratividade não são prioridades, na verdade até consideram importante, mas acaba sendo um detalhe secundário.
Este risco, deve impreterivelmente exigir um ganho a mais, ou seja, estamos falando de lucratividade e rentabilidade, e aí temos a próxima dica.
DICA 2
“Exija sempre esse ganho a mais, no meio financeiro isso é chamado de Prêmio pelo Risco”.
O que normalmente recomendamos para todo empreendedor, independente do que venha a fazer, e do seu nível de informação, é que proceda com um estudo específico o que chamamos de Projeto de Investimento.
O projeto deve prever a remuneração do capital investido em razão do risco assumido pelo investidor.
DICA 3
Quanto maior for a exposição ao risco pelo empreendedor, maior deverá ser o prêmio que o mesmo deve exigir.
Este trabalho todo, deve ser realizado por algum profissional que realmente entenda de Gestão Financeira, projeções e tudo mais.
A avaliação de um projeto deve ser feita, via de regra, analisando os fluxos de caixa que ele pode gerar, e normalmente isso é parte integrante de um plano de negócios.
Aí temos infinitas possibilidades, caso você não saiba faze-lo pode contar com ajuda dos profissionais aqui da Porter ou pessoas próximas que tenham condições de auxiliar nessa construção, desde que seja alguém que realmente esteja disposto a ajudar.
DICA 4
Se você já empreende ou está começando sem um plano de negócio, saiba que está pilotando o carro no escuro, neste caso é melhor ligar os faróis e fazer logo o seu plano.
Gustavo Cerbasi, cita no livro EMPREENDEDORES INTELIGENTES ENRIQUECEM MAIS que “O que está em jogo ao tomar a decisão de investir em uma empresa é o futuro financeiro de um indivíduo que está inclinado a colocar seu tempo e capital em risco”.
Desta mesma forma nas empresas tudo pode ser analisado pela ótica financeira.
Se temos uma reunião de acompanhamento de projetos, comercial ou marketing, temos pessoas envolvidas, cujo seu trabalho custa dinheiro, temos aí aspectos financeiros que podem ser avaliados.
Estamos acostumados a presenciar casos onde os aspectos financeiros são simplesmente desprezados nas análises de determinadas questões, e pode parecer simples, mas pode mudar os rumos do projeto e da empresa.
DICA 5:
Se toda decisão tomada em uma empresa fosse pautada em análises financeiras, seria impossível que a empresa não crescesse.
Temos no país inúmeros casos de varejistas que cresceram demais e quebram pois não suportaram os volumes astronômicos de vendas por falta de capital de giro, ou seja, projetos de expansão realizados sem efetuar análises financeiras adequadas.
Me preocupa muito o fato do impacto da falta de gestão financeira na saúde da empresa e também em alguns casos do empreendedor, como todos sabemos as estatísticas não apontam bons números.
Até aqui, falamos de riscos, oportunidades, importância da gestão financeira de uma maneira bem obvia e simples, por que este assunto demanda muita atenção, mas também de uma simplicidade robusta digamos assim.
Existe um clichê muito assertivo que diz que: “tudo muda quando você muda”, e eu acredito verdadeiramente que a mudança deve acorrer primeiro na mente do empreendedor, deve-se mudar o mindset, e replicar no negócio.
DICA 6:
É preciso desenvolver a inteligência financeira no empreendedor para ser possível uma tomada de decisão mais assertiva em direção a melhores resultados.
Acho importante sempre comentar que não é necessário que o empreendedor seja especialista em Gestão Financeira, de maneira nenhuma, mas sim deve saber o mínimo necessário para que consiga fazer uma análise básica do seu negócio e dos seus projetos.
DICA 7:
O conhecimento básico da Gestão Financeira, é o suficiente para lhe colocar em alerta sobre o que não está bem e precisa ser resolvido.
Entrando num viés mais de controle e para que serve a Gestão Financeira, gostamos sempre de dizer que por determinado ponto de vista não passa de um termômetro do negócio.
Se a saúde do negócio anda bem, o termômetro não “acusará febre”, e sendo assim ainda há tempo para um trabalho mais de perto ou ajuste que tenha que fazer, mas com muito mais tempo e tranquilidade.
Sempre comentamos que se tivermos bons mecanismos de controle e análises financeiras, que permita ao empreendedor monitorar de forma simples e prática o seus números (no sentido financeiro), sem sombra de dúvidas terá muito mais tempo para dedicar ao negócio.
DICA 8:
Como bem citado por Gustavo Cerbasi: “O controle das finanças funciona como os sensores de um automóvel, que sinalizam quando algo errado pode ameaçar uma condução segura”.
A Gestão Financeira existe pra lhe servir, você não precisa ser especialista, mas saber o mínimo necessário para poder mensurar e monitorar o seu negócio.
As finanças não podem ser uma preocupação, mas sim servir para que você possa tornar seu negócio cada vez melhor.
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