Escolher o melhor regime tributário para dentistas é, sem dúvida, uma das decisões mais importantes para quem atua com consultório próprio ou clínica odontológica. Afinal, um enquadramento errado pode, em muitos casos, significar pagar mais impostos do que o necessário — ou, pior ainda, enfrentar problemas fiscais graves. Por isso, é fundamental entender bem as […]
Escolher o melhor regime tributário para dentistas é, sem dúvida, uma das decisões mais importantes para quem atua com consultório próprio ou clínica odontológica. Afinal, um enquadramento errado pode, em muitos casos, significar pagar mais impostos do que o necessário — ou, pior ainda, enfrentar problemas fiscais graves.
Por isso, é fundamental entender bem as opções disponíveis antes de tomar qualquer decisão.
Neste artigo, vamos explicar, de forma clara e objetiva, as principais diferenças entre MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido. Além disso, vamos mostrar como avaliar, na prática, qual é o regime mais vantajoso para a sua realidade como dentista, considerando fatores como faturamento, estrutura do consultório, folha de pagamento e possibilidades de economia tributária.
Por que identificar o melhor regime tributário para dentistas, importa tanto?
À medida que o seu negócio cresce, manter-se no regime tributário inadequado pode trazer diversas consequências negativas. Por exemplo, se o seu faturamento aumentar e você continuar no regime errado, é bem provável que:
Você acabe pagando muito mais imposto do que realmente deveria.
Além disso, pode perder deduções importantes que seriam possíveis em outros regimes.
Justamente por isso, essa escolha não deve ser feita com base apenas em suposições ou achismos. Pelo contrário, é fundamental que ela seja feita com planejamento estratégico e, sempre que possível, com o apoio de um contador especializado em profissionais da saúde.
MEI para dentistas: é possível?
A resposta curta é: NÃO, dentistas não podem ser MEI.
Isso porque os dentistas são profissionais regulamentados por um conselho de classe, o CRO (Conselho Regional de Odontologia). De acordo com as regras da Receita Federal, esse fator já impede o enquadramento como MEI (Microempreendedor Individual).
Embora o MEI seja um regime simplificado e de baixo custo, ele é restrito a atividades econômicas específicas, geralmente de baixo risco e que não exigem formação superior regulamentada. Ou seja, profissões como odontologia ficam automaticamente de fora dessa possibilidade.
Em resumo, o MEI não é uma opção válidapara dentistas, independentemente do faturamento ou da estrutura do consultório.
Simples Nacional, o melhor regime tributário para dentistas que estão começando!
Sim! O Simples Nacional é, sem dúvida, um dos regimes mais utilizados por dentistas, principalmente por conta da praticidade e da carga tributária reduzida — especialmente nos primeiros anos de atividade, quando o faturamento ainda está em fase de crescimento.
✅ Entre as principais vantagens do Simples Nacional, podemos destacar:
A unificação dos tributos em uma única guia (DAS), o que facilita o controle financeiro e reduz o risco de inadimplência;
Uma carga tributária inicial em torno de 6% sobre o faturamento bruto, desde que atendidos alguns critérios que explicaremos a seguir;
Menos burocracia e obrigações acessórias, o que permite que o dentista foque mais no atendimento e menos na papelada;
A possibilidade de contratar funcionários com regras simplificadas, contribuindo para a expansão do consultório.
⚠️ No entanto, é importante ficar atento a um ponto crucial:
A tão falada alíquota inicial de 6% não é um benefício fornecido logo de partida, é necessário a análise e o olhar crítico de um contador especializado, por meio de um planejamento tributário, onde encontrará formas e/ou estratégias fiscais totalmente permitidas pela legislação para conceder esse benefício.
Esse benefício e/ou estratégia fiscal, é conhecida popularmente como Fator R.
Ademais, nativamente, os dentistas se enquadram, por padrão, no Anexo V do Simples Nacional (para prestadores de serviços), cuja alíquota inicial é de 15,5%. Enquanto a alíquota inicial de 6%, corresponde ao Anexo III (para prestadores de serviços).
📊 Mas, afinal, o que é o Fator R?
O Fator R é uma fórmula utilizada para calcular a relação entre os gastos com a folha de pagamento (incluindo pró-labore e encargos) e o faturamento bruto dos últimos 12 meses. Se esse percentual for igual ou superior a 28%, o dentista pode migrar do Anexo V para o Anexo III, que tem alíquotas bem mais vantajosas —a partir de 6%.
Portanto, antes de optar pelo Simples Nacional, é fundamental analisar o Fator R. Essa avaliação pode fazer toda a diferença na carga tributária do consultório. Por isso, consulte sempre um contador especializado.
Lucro Presumido, o melhor regime tributário para dentistas que já estão faturando alto!
O Lucro Presumido também surge como uma alternativa viável, especialmente para dentistas que já possuem uma receita mensal mais elevada ou que atuam em clínicas com uma estrutura mais robusta e organizada. À medida que o negócio cresce, este regime pode oferecer mais vantagens e flexibilidade tributária, desde que seja bem gerido.
✅ Entre os principais benefícios do Lucro Presumido, podemos destacar:
A possibilidade de deduzir diversas despesas operacionais e encargos, como aluguel, insumos, equipamentos, entre outros — o que é particularmente vantajoso para clínicas que possuem uma estrutura com muitos custos fixos;
Maior controle financeiro, além de permitir um planejamento tributário mais sofisticado, adaptado à realidade do consultório ou da clínica;
Independência do Fator R, o que elimina a necessidade de acompanhar o percentual da folha em relação ao faturamento;
A possibilidade de distribuir lucros isentos de imposto, desde que a empresa mantenha uma escrituração contábil regular e precisa.
💰 Mas como funciona a tributação no Lucro Presumido, na prática?
Neste regime, a base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) é presumida — ou seja, não leva em consideração o lucro real obtido, mas sim um percentual fixo sobre o faturamento. Para atividades odontológicas, esse percentual é de 32% do faturamento bruto.
Assim, temos:
IRPJ: 15% sobre a base presumida (32%)
CSLL: 9% sobre a base presumida (32%) 🔢 Isso resulta em uma tributação total de 7,68% sobre o faturamento bruto, apenas considerando esses dois tributos.
Além disso, o dentista também deverá pagar:
PIS/COFINS no regime cumulativo: 3,65% sobre o faturamento bruto;
ISS (Imposto sobre Serviços): que varia de acordo com o município, mas geralmente fica entre 2% e 5%.
📊 Somando todos os tributos, a carga efetiva gira entre 13,33% e 16% do faturamento, dependendo da cidade e do volume de receita.
Entretanto, com um bom planejamento contábil e financeiro, é possível reduzir esse impacto tributário de maneira estratégica e legal, aproveitando deduções e regras específicas.
Portanto, o Lucro Presumido tende a ser mais vantajoso para clínicas estruturadas, com boa gestão de despesas, e que já ultrapassaram os limites do Simples Nacional.
Qual o melhor regime tributário para dentistas, afinal?
✅ A resposta, como em muitas decisões empresariais, é: depende da sua realidade. Isso porque cada regime tributário oferece vantagens e desvantagens que podem se encaixar melhor em diferentes estágios do consultório ou clínica odontológica.
De forma geral, o Simples Nacional tende a ser a melhor escolha quando:
O seu faturamento ainda é mais baixo, como nos primeiros anos de atuação com CNPJ;
Você possui funcionários registrados, o que favorece o cálculo do Fator R e possibilita a tributação no Anexo III (com alíquotas a partir de 6%);
Você busca praticidade e menos burocracia no dia a dia, com obrigações acessórias mais simples e tributos unificados em uma única guia (DAS).
Ou seja, se você está começando, tem uma estrutura enxuta e ainda não ultrapassou os limites de faturamento do Simples, essa pode ser uma excelente alternativa.
Por outro lado, o Lucro Presumido tende a ser mais vantajoso quando:
Seu faturamento mensal já é mais elevado, tornando as alíquotas do Simples Nacional menos competitivas;
Você possui uma estrutura com muitos custos e despesas dedutíveis, como folha de pagamento robusta, aluguel, insumos e outros encargos operacionais;
Você deseja realizar um planejamento tributário mais estratégico e sob medida, com controle sobre os lucros e a distribuição isenta de impostos (desde que com escrituração contábil em dia).
Em resumo, quanto maior e mais estruturado for o seu negócio, mais o Lucro Presumido pode se tornar atrativo. Já para consultórios menores ou profissionais autônomos em início de jornada, o Simples Nacional pode oferecer o melhor custo-benefício e praticidade.
Como escolher com segurança?
A melhor forma de decidir entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido é, sem dúvida, realizar uma simulação tributária personalizada com um contador especializado em dentistas. Isso porque cada consultório tem uma realidade diferente — seja em termos de faturamento, número de funcionários, despesas operacionais ou estrutura administrativa.
Além disso, apenas com essa análise detalhada é possível entender com precisão o impacto tributário de cada regime, e assim identificar qual trará mais economia e segurança para o seu negócio.
Para se ter uma ideia, uma simples mudança de regime tributário — feita com planejamento e critério — pode gerar uma economia que varia entre R$ 12 mil e R$ 30 mil por ano.
💡 Portanto, antes de tomar qualquer decisão, converse com um contador que entenda do seu segmento. Essa orientação técnica pode ser o diferencial entre pagar impostos a mais ou manter mais dinheiro no caixa da sua clínica.
Você pode estar pagando mais do que precisa!
Se você ainda atua como autônomo ou está no regime errado, é muito provável que esteja pagando impostos demais sem perceber. Isso não é algo trivial — ao contrário, pode comprometer a saúde financeira do seu consultório de forma significativa.
E, quando falamos de economia, não estamos falando apenas de reduzir custos. Estamos falando também de garantir crescimento sustentável para o seu negócio, com segurança jurídica e uma gestão tributária mais eficiente.
💡 Afinal, escolher o regime tributário correto impacta diretamente na sua qualidade de vida. Menos tempo dedicado ao pagamento excessivo de tributos significa mais tempo para se concentrar no que realmente importa: o atendimento aos seus pacientes e o crescimento da sua clínica.
📊 Por isso, faça agora um check-up fiscal do seu consultório. Esse é o primeiro passo para virar a chave da sua gestão financeira e alcançar os resultados que você merece.
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