A busca pela lucratividade e a rentabilidade é uma tarefa árdua e o principal desafio dos empreendedores e administradores.
Os Lucros aparecem na medida em que vários fatores são combinados e andam em harmonia, isso é fato!
Se você se identifica com o trecho acima, ou se em algum momento já se fez perguntas nesse sentido, este artigo é pra você.
Podemos garantir que os seus negócios não serão mais os mesmos depois dos pontos que veremos logo abaixo.
Vamos juntos até o fim!
Muito bem, o que falaremos neste artigo:
- Custos e Faturamento
- Otimização de Custos e Recursos
- Conceitos de Lucratividade e Rentabilidade
- Separação das Contas
- Formação de Preços
- Saber Dizer Não!
- Conhecer a Tributação do Seu Negócio
Custos e Faturamento
Temos observado muito no meio empreendedor uma confusão básica com relação e estes dois fatores, custos e faturamento.
Os resultados, ou seja, a geração de lucro, tem muito a ver com os mesmos.
O faturamento, também conhecido como Receita é auferido a partir da venda do seu produto ou serviço, e a primeira premissa que devemos manter em mente é que o faturamento deve ser sempre maior que o custo, e isso é básico!
Os custos são os gatilhos do faturamento, e para termos uma geração de Lucro razoável, é imprescindível que estejam sempre muito bem controlados, e reduzidos sempre que possível.
Recomendamos que tenha sempre os seus custos controlados seja numa simples planilha de Excel, ou até mesmo em algum software de gestão.
Ainda podemos fazer um link com a questão de planejamento, como sempre falamos, prever os fluxos de venda para poder projetar os custo pode ser importante para não faltar dinheiro no caixa e gerar os lucros que almeja para o seu negócio.
Otimização de Custos e Recursos
Este fator é tão ou mais importante do que conhecer os custos, as fontes de faturamento e tudo isso relacionado para a geração de lucros.
Otimizar os fluxos de custos e recursos é uma questão estratégica na geração de lucros.
Hoje em dia, com amparo da legislação, temos algumas possibilidades para otimizar custos e recursos, como por exemplo a terceirização de mão-de-obra, grande gargalo de custos nas empresas.
Neste modelo pagamos apenas pela prestação dos serviços, enquanto os tributos e custos fixos relacionados ficam na empresa prestadora de serviços, evidentemente podem ser repassados pelo prestador, contudo temos a opção de a qualquer momento rever os prestadores e os contratos.
Outro ponto bastante relevante, é a administração dos estoques que devem ser gerenciados e negociados constantemente com os fornecedores.
Mas isso tudo terá pouco efeito se não controlarmos muito bem os prazos médios que pagamos os nossos fornecedores comparados aos nossos prazos de recebimentos.
Conceito de Lucratividade e Rentabilidade
Antecipo que teremos um artigo específico onde abordaremos de maneira mais aprofundada os cálculos e análises técnicas sobre esse assunto, aqui focaremos por uma ótica mais gerencial e rápida.
Lucratividade:
De maneira bastante prática, a Lucratividade, ou a geração de lucro, é a relação do lucro líquido com a receita das vendas, deduzidos os custos necessários para a obtenção da receita.
Este índice, deve obrigatoriamente ser positivo e quanto maior melhor.
Se você, pelo que já viu até aqui, está achando complicado demais, lembre-se que o lucro, ou lucro líquido, é a parte que cabe ao proprietário da empresa após todos os custos, despesas e impostos terem sido saldados.
Repare, bem no que dissemos acima: “…após todos os custos, despesas e impostos terem sido saldados”, o lucro vem depois dos custos, então gerencie bem os seus gastos, mas muito bem, se queres ganhar mais!
Rentabilidade:
Um pouco diferente da lucratividade, a rentabilidade está relacionada com o lucro auferido e o investimento realizado para a concretização do negócio.
Quando o índice de rentabilidade é positivo, significa que o negócio realizado foi suficiente para que o investimento tenha sido “bom”.
Cuide para a fonte de captação do investimento ser ao menor custo possível, de preferência que seja capital próprio.
Dica: Nunca analise se o negócio é bom ou não considerando apenas um fator, neste caso analise lucratividade e rentabilidade sempre juntos.
Separação das contas – Conta Pessoal e Conta da Empresa
Misturar as contas dos sócios com as da empresa é muito comum no início de muitos negócios, no entanto quando isso acontece por um período muito grande acabamos tendo alguns problemas, por exemplo:
- Ao final de um período não conseguimos saber exatamente o que entrou de dinheiro da própria operação e o que veio dos sócios;
- Não conseguimos mensurar o real resultado da empresa, a menos que façamos inúmeros cálculos, pois a confusão de despesas pode afetar o resultado sem que você perceba.
Poderíamos citar muitos outros, mas creio que já tenha entendido que não dá para ser assim.
Você deve conhecer o resultado do seu negócio, da mesma forma que precisa fixar um valor a título de pro labore para lhe remunerar.
O valor citado acima deve ser transferido para sua conta pessoal, para então fazer uso do dinheiro para seus fins particulares.
Você é uma pessoa e a sua empresa é outra!
Formação do preço de Venda!
O preço precisa pagar a sua estrutura, ou seja, os custos variáveis, se possível os custos fixos, e mais a margem para manutenção do negócio e a remuneração dos sócios.
A Lucratividade está diretamente ligada com o preço de venda, isso deve ficar muito bem entendido.
Existem algumas técnicas recomendadas para precificação, como o markup divisor/multiplicador, que podem ser aplicados.
De toda forma, é imprescindível que você conheça os seus concorrentes e seus preços, pois sabemos que o mercado baliza os preços de muitos produtos e apenas o uso da técnica pode não ser bom.
Saber dizer NÃO!
A razão do desastre em muitas empresas é a falta de capacidade da gestão de argumentar e muitas vezes saber dizer NÃO para algum cliente ou fornecedor que proponha algum negócio que não seja saudável para a empresa, claro que com muito “jeito”.
A construção do Lucro faz parte de um contexto, o que chamamos de boa gestão.
O contexto que cito, é vender bem, comprar bem e entregar no prazo!
Assim, dessa maneira, teremos preço certo, ciclo financeiro e operacional saudável e organização administrativa.
Costumamos dizer que para chegarmos ao êxito nos negócios não existe “receita de bolo”, mas posso garantir que seguindo tais premissas a fórmula do sucesso fica muito mais próxima de ser descoberta.
Não queremos e não podemos deixar de fazer negócios, não queremos perder fornecedores, mas lembre-se que a única pessoa que pensa no bem da sua empresa é você mesmo, ou deveria ser.
Avalie cada negócio individualmente e seja estratégico nas suas decisões.
Vender sem margem é aceitável apenas se for num negócio maior, onde possamos recuperar essa perda, em tempo, em algum outro negócio que dependa deste, e se puder bancar o “investimento”.
Conhecer a Tributação da Sua Empresa
CONSELHO (Grátis): Converse MUITO com o seu contador!
Se você não conhece os tributos que a sua empresa está sujeita, preciso te dizer que você não está precificando acertadamente, e seu Lucro pode estar comprometido sem que você imagine.
No Brasil, existem três maneiras de contribuir ao fisco, ou seja, três sistemas de apuração de impostos:
- Simples Nacional
- Lucro Presumido
- Lucro Real
Cada sistema tem as suas peculiaridades e você deve conhece-las ou ter no seu time alguém que entenda sobre isso.
Ao final de cada ano, recomendo que juntamente ao seu contador, realize um planejamento tributário para validar a opção tributária para o ano seguinte.
Vimos neste artigo, fatores que comprometem a lucratividade da empresa, como custos, separação de contas, precificação, tributação e algumas outras questões relevantes.
Não deixe qualquer destes quesitos passarem despercebidos, e esteja sempre atento ao seu mercado, pois afinal de contas a sua empresa e os lucros que espera dela, dependem de você, concorda?!
Esperamos ter contribuído com você e o seu negócio.
Se este tema faz sentido pra você, deixe uma dica para nossos leitores abaixo.
Um forte abraço!